A relação entre
democracia e capitalismo é uma área controversa na teoria e movimentos políticos populares. A extensão do
sufrágio universal masculino no
Reino Unido no
século XIX ocorreu juntamente com o desenvolvimento do capitalismo industrial. A democracia tornou-se comum ao mesmo tempo que o capitalismo, levando muitos teóricos a postular uma relação causal entre eles, ou que cada um afeta o outro. No entanto, no
século XX, segundo alguns autores, o capitalismo também foi acompanhado de uma variedade de formações políticas bastante distintas das
democracias liberais, incluindo regimes
fascistas,
monarquias e estados de
partido único,
[31] enquanto algumas sociedades democráticas, como a
República Bolivariana da Venezuela e da
Catalunha Anarquista, têm sido expressamente
anti-capitalistas.
[53]
Enquanto alguns pensadores defendem que o desenvolvimento capitalista, mais ou menos inevitável, eventualmente, leva ao surgimento da democracia, outros discordam dessa afirmação. A investigação sobre a
teoria da paz democrática indica que as democracias capitalistas raramente fazem guerra umas com as outros
[54] e têm pouco de violência interna. Porém os críticos dessa teoria dizem que os estados capitalistas democráticos podem lutar raramente ou nunca com outros estados capitalistas democráticos devido à semelhança ou a estabilidade política e não porque eles são democráticos ou capitalistas.
Alguns comentaristas argumentam que, embora o crescimento econômico sob o capitalismo levou a uma democratização no passado, não poderá fazê-lo no futuro, como os regimes
autoritários têm sido capazes de gerir o crescimento econômico sem fazer concessões a uma maior
liberdade política.
[55][56] Estados que têm grandes
sistemas econômicos capitalistas têm prosperado sob
sistemas políticos autoritários ou opressores.
Singapura, que mantém uma
economia de mercado altamente aberta e atrai muitos investimentos estrangeiros, não protege certas
liberdades civis, como a liberdade de opinião e de
expressão. O setor (capitalista) privado na
República Popular da China tem crescido exponencialmente e prosperou desde o seu início, apesar de ter um governo autoritário. O governo de
Augusto Pinochet no
Chile, levou ao
crescimento econômico através de meios autoritários para criar um ambiente seguro para investimentos e o capitalismo.
Em resposta às críticas do sistema, alguns defensores do capitalismo têm argumentado que suas vantagens são apoiadas por pesquisas empíricas. Índices de Liberdade Econômica mostram uma correlação entre as nações com maior
liberdade econômica (como definido pelos índices) e pontos mais altos em variáveis como
renda e
expectativa de vida, incluindo os
pobres, nessas
nações.
Leonardo Amorin